Modelos importados do Uruguai não sofrerão com o aumento do IPI | Motor-Mais

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Modelos importados do Uruguai não sofrerão com o aumento do IPI


A polemica decisão do Governo brasileiro em aumentar 30 por cento (30%) o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros que são importados, ainda está causando confusão. O aumento teria excessões para os países membros do Mercosul e México, ao qual o Brasil possui acordos comerciais. O aumento no IPI afetaria principalmente as montadoras chinesas e sul-coreanas, marcas que vem ganhando a cada dia mais espaço no mercado brasileiro.

Em teoria, o Uruguai sempre esteve de fora do aumento do IPI, haja vista que o país é membro oficial do Mercado Comum do Sul (Mercosul), porém, mesmo assim o Uruguai contatou o Governo brasileiro para que revertesse a cobrança para modelos montados por lá. Com isso tudo, os modelos da chinesa Lifan, montadora que já estava com a fábrica no Uruguai paralizada, da chinesa Chery e da sul-coreana Kia serão beneficiadas com a isenção do aumento do IPI para modelos importados que não preenchem os requisitos estipulados.

É importante ressaltar que a indústria automotiva uruguaia é formada por montadoras de veículos importados em kits (CKD), ou seja, existe um alto índice de importação de peças, sendo apenas montadas nas plantas uruguaias. No Uruguai são produzidos os modelos: Lifan 320 e 620; Chery Tiggo e Face; Kia Bongo K2500, modelo muito utilizado por empresas para execução de serviços e tranportes de pequenas cargas. 


O Ministério da Fazenda informou hoje (27/09/2011) que se comprometeu a adotar “no prazo mais breve possível” as medidas necessárias para que os veículos produzidos no país vizinho sejam liberados do aumento do imposto. Segundo Luis Porto, vice-ministro de Econimia do Uruguai, a isenção será aplicada em até 15 dias.


COMENTÁRIO:

A polemica decisão do Governo brasileiro em aumentar 30 por cento (30%) o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros que são importados não deve acabar aqui, haja vista que a Chery e uma importadora muito conhecida daqui de Ribeirão Preto já ingressaram judicialmente com pedidos contra o aumento do IPI, pelo menos pelo prazo de 90 dias, que deveria ter sido respeitado antes de entrar em vigência o reajuste do imposto.
Se a desculpa era a estimulação da produção interna, a decisão do Governo brasileiro não está dando 100% certo, levando em consideração as brechas que as montadoras encontram para se esquivarem do ajuste do IPI. 
Algumas marcas se esforçam para manter os preços sem o ajuste de preços, como a Audi por exemplo, que segundo o site "Carplace", afirmou que irá manter o preço sem o aumento do IPI para os modelos da linha 2011.
Só espero que as concessionárias não aproveitem a confusão para tentar lubridiar consumidores mais distraídos, informando aumento de IPI em modelos que são produzidos no Brasil, mas que pelo fato de terem valores elevados e "status" de importado, poderiam causar certa confusão ao consumidor.

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