Segundo o site "Automotive Business", após a polêmica decisão do Governo brasileiro em aumentar 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos importados, com excessão para os modelos importados pelo bloco econômico Mercosul e do México (para ver, clique aqui), a Kia Motors do Brasil informou na quinta-feira, dia 13 de outubro, que aplicará reajuste médio de 8,41% nos preços ao consumidor de seus dez modelos atualmente vendidos no Brasil.
O modelo de entrada da montadora sul-coreana no Brasil, o Kia Picanto, que teve o lançamento de sua nova geração com novo visual e motor flex, em agosto, teve o preço de sua versão de entrada aumentado em 14,33%, passando de R$ 34.900 para R$ 39.900. O reajuste médio para toda a linha do Kia Picanto foi de 12,46%.
Outro modelo bastante procurado da Kia no país, o Soul, que também vem equiapdo com motor flex, teve elevação de 10,11% em seu preço na versão básica, ou seja, o modelo que custava R$ 54.400 passou a custar R$ 59.900. Ademais, a versão mais cara do Soul sofreu acréscimo de 6,68%, deixando os R$ 67.400 pedido anteriormente pela Kia e passando a custar R$ 71.900.
O utilitário esportivo Sportage, um dos modelos mais vendidos da Kia no Brasil, também sofreu reajustes, no entanto, teve uma das menores taxas de repasse da alta do IPI. A versão básica do Kia Sportage subiu 5,96%, deixando os R$ 83.900 pedido anteriomente pela marca, para custar R$ 88.900.
As menores altas foram aplicadas às sete versões do minicaminhão Bongo, inclusive aqueles montados no Uruguai nas instalações da Nordex, que segundo informou o Governo na semana passada serão isentadas do aumento do IPI, mesmo sem atingir o índice mínimo de nacionalização de 65%. O reajuste médio da linha Bongo foi de 4,02%. O modelo de entrada, que vem do Uruguai, subiu 3,64%, passando dos R$ 54.900 para R$ 56.900.
“Chegamos a essa média ponderada de 8,41% e os preços são válidos até o dia 31 de outubro. Viabilizamos o menor porcentual possível neste primeiro momento. Mas, de modo escalonado, teremos de fazer novos repasses em novembro e em dezembro”, informou em comunicado José Luiz Gandini, Presidente da Kia Motors do Brasil. Gandini, que além de ser Presidente da Kia também é Presidente da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), sempre esteve contra o aumento de IPI em 30 pontos percetuais para carros com menos de 65% de componentes de fabricação local.
Enquanto isso, segundo o jornal "Valor Econômico", o Japão irá contestar o decreto do governo brasileiro quanto à elevação do IPI para carro importados junto à OMC (Organização Mundial do Comércio) nesta sexta-feira, começando a ofensiva contra a medida para "proteger a indústria nacional" pelo Comitê de Acesso ao Mercado, que periodicamente examina novas barreiras comerciais.
2 comentários:
Eu e muita gente por aí com certeza está achando essa medida protecionista promovida pelo Sr.Mantega,uma verdadeira palhaçada...Eu achei legal que os fabricantes japoneses resolveram partir pra cima dessa petralhada escrota junto à OMC...É isso aí! Abaixo o protecionismo!
Acho a medida protecionista tambem, mas acho que mesmo esses que se dizem completos e mais seguros deveriam ter os preços mais baixos. Os mesmos modelos da KIA, Hyundai sao bem mais baratos se comparados ao precos praticados no Brasil. Eu nao vou trocar de carro por 2 anos e espero que a maioria dos que tem respeito proprio tambem o façam.
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